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Fam​í​lia Fandango

by SIRICAIA

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1.
Fandango 03:57
Fandango, já é hora de regressar o cuco já deu as duas e o Escondidinho anda perto de fechar Fandango, amanhã tens de ir trabalhar no teu moinho só de mó contra mó para a família alimentar Fandango, amanhã é dia de bulir ao sol da tua eira para das vergas muitos cestos construir Fandango, a vida não é só curtir de dedos na concertina severa, ladina, para os amigos divertir Fandango, volta Fandango
2.
Yé-Yé 04:42
3.
O nu disse ao roto tira a chuva do cavalinho põe a corda ao pescoço mete a argola no pezinho ao pobre nunca faltes ao rico não prometas não chateies o Camões com conversas da treta O louco disse ao médico onde as botas perderam judas a vizinha da galinha tem uma orelha atrás da pulga navegar não é preciso se a inocência morrer solteira nenhum caminho vai dar a Roma com a noite por conselheira O rato disse ao gato a desgraça marcou encontro ali na rua do olho onde o I se pôs no ponto olha sempre para os dentes de cada cavalo dado evita sempre a solidão antes mal acompanhado O mentiroso disse ao coxo a verdade fugiu da boca a janela comeu a tarte a mosca bebeu a sopa não basta pôr o pé há que fazer pegada sem dó nem piedade ódio com amor se paga A parede disse ao ouvido isto vai ser pera doce então deixa para amanhã o que podes fazer hoje o mar vai dar ao rio a penúria ao tribunal dá o dito pelo não dito que são risos de Portugal A caravana disse ao cão a vida é só prazer se tudo o que brilha é ouro deita tudo a perder se o tempo não for dinheiro qual é a lógica da batata? não importa ter saúde se o que engorda também mata
4.
5.
Ser Quem Sou 04:36
Vou dizer adeus a quem vai ficar encher as malas de sol e mar ver a minha terra da janela do avião entrar na roda pelo sim pelo não Não te quero ver chorar a vida é feita p’ra sorrir não posso adiar ser quem sou Vou mudar de cena, abraçar o cais beijar os meus avós pelas redes sociais vou sentir-me só, fazer um amigo adormecer, sonhar contigo Não te quero ver chorar a vida é feita p’ra sorrir não posso adiar ser quem sou Sei do mundo à minha espera tantas histórias por contar sei que o que foi já era e eu não posso ficar não tarda nada já estou por cá p.s. até já Vou sentir saudades até do que é mau da bica na tasca e do bacalhau vou rasgar os céus ao som da “casinha” brindar ao destino com uma ginjinha Não te quero ver chorar a vida é feita p’ra sorrir não posso adiar ser quem sou
6.
10 em ponto e desperto para o conto onde já me li mentir 12:16 vejo a luz e ninguém nota quanto quero fugir 14:27 feito marionete entro no metro e vou trabalhar 17:02 faço planos e depois esqueço tudo num banho de mar Porque é tarde, tão tarde 20:15 das costas de uma esfinge vejo capitais arder sem brilho 22:46 da noite menina já refém mudo de máscara, mudo de trilho 23:30 entro numa sala cheia bebo um português, fumo um copo de tinto 01:59 já nem a morte me comove meto a 5ª e tiro o cinto Porque é tarde, tão tarde
7.
Dei-te espaço os braços em laço ao ver-te regressar ao nosso canto posto à beira do mar mas querias mais sempre muito mais Dei-te o “sim” o melhor que há em mim sem nunca olhar para trás sem me lembrar que sem ti também sou capaz mas querias mais sempre muito mais
8.
9.
Fandango, o “rei do vira”, à porta é MC papillon, cachimbo, sorriso daqui ali Florípes põe a mesa, entre suspiros, gargalhadas, calinadas e pregões um olho nos bisnetos, outro olho nos rojões Manel e Rosa, bodas de prata, filhos criados Parecem dois adolescentes subitamente apaixonados Zé parece um copo de plástico pisado toda a noite na pista da discoteca perdeu no álcool a cabeça e no poker a bicicleta Edmundo e Clementina são mestres em fotogenia mas lá em casa quando a coisa azeda, às vezes dá pancadaria Chico está lançado, saiu um artigo intitulado “nova estrela do hiphop nacional”, num jornal mas só ele sabe o que é ser artista nas ruas da capital Sara voltou de Londres socialista e vegetariana na companhia da namorada, uma pintora italiana Aníbal! Aníbal aquece a papa, põe o babete, tira a fralda, troca a roupa, num autêntico frenesim Beatriz! Beatriz dá de mamar ao pequeno Benjamim Ana e Quim, praticamente divorciados andam à bulha com heranças, contas-poupança e advogados Eva, gaiata trigueira, maneirismos de fandangueira baila até tombar no chão, como um pião olhos verdes de Maria, carapinha de Sebastião Refrão Jantar de família em Aldeia do Chão há tanto tempo que não te vejo dá cá um abraço meu irmão
10.
11.
o rancho não dançou o verso não deu em refrão o tempo perdeu-se do compasso a concertina da afinação o galo caiu do poleiro o cata-vento parou a igreja despediu o santo a carrinha da Family Frost gripou o carteiro perdeu as cartas o talhante cortou um dedo a jardineira choveu e murchou a polícia fugiu com medo o escondidinho fechou a aldeia inteira anoiteceu só Benjamim não chorou o dia em que Fandango morreu SG gigante mingou o povo poupou no dialecto o padeiro deixou torrar o pão o poeta arrumou o alfabeto o sapateiro andou descalço o mendigo não pediu esmola o sol ninguém o viu os putos baldaram-se à escola a laika voltou do espaço o circo foi-se embora o céu deu à luz uma estrela a sogra fez as pazes com a nora o escondidinho fechou a aldeia inteira anoiteceu só Benjamim não chorou o dia em que Fandango morreu

credits

released March 19, 2021

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SIRICAIA Portugal

SIRICAIA are a duo from Aveiro: Susie Filipe (percussion and voice) and Vítor Hugo (voice and guitar). Siricaia's music is a journey back to the roots of portuguese traditional music, using contemporary sounds. The debut album, Família Fandango, remembers the past, describes the present and envisions the future, telling the story of a portuguese family over four generations. ... more

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